Comércio Exterior
a) Resultados
Analisando os resultados da balança comercial do mês de julho, o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) se arrisca a fazer uma projeção para todo o ano de 2007, chegando à conclusão de que as exportações somarão US$ 154,1 bilhões, com aumento de 11,5% em relação a 2006, enquanto as importações atingirão US$ 115,3 bilhões, crescendo 24,5%. O saldo da balança comercial ficaria em US$ 38,8 bilhões no ano, com queda de 14,2%.
Essa projeção contrasta com os resultados obtidos nos sete primeiros meses do ano: aumento de 16,9% das exportações, de 27,9% das importações e uma redução de 4,8% do saldo da balança comercial.
Na realidade, é muito arriscado fazer uma projeção para os próximos cinco meses. A semana passada mostrou que a taxa cambial pode se alterar significativamente em razão de fatores externos, favorecendo as exportações, especialmente de produtos semi-manufaturados, que em julho apresentaram a maior queda (3,7% pela média diária) em relação ao mês anterior, e desfavorecendo as importações, que ainda aumentaram 5,3%.
b) Canadá quer dobrar seu intercâmbio com o Brasil
O Canadá considera o Brasil um parceiro econômico essencial e pretende dobrar o intercâmbio comercial entre os dois países até 2012. Essa foi a mensagem trazida pela chefe de Estado do Canadá, Michaëlle Jean, que encerrou sua visita ao país na semana passada. A governadora-geral afirmou que o desejo de consolidar as relações com o Brasil faz parte de uma estratégia do Canadá de estabelecer "uma parceria e ligações ainda mais sólidas com os outros países do continente americano".
"Temos consciência de que o Brasil investe muito no Canadá. Neste momento, o Brasil investe muito mais no nosso país do que o total investido pelo Canadá no Brasil. Nós queremos dobrar nosso investimento no Brasil até 2012", afirmou. Dentre os países das Américas do Sul e Central, o Brasil é o maior investidor no Canadá, e o crescimento desse investimento foi um dos mais elevados nos últimos quatro anos.
De acordo com a Câmara de Comércio Brasil-Canadá, em 2006, as exportações brasileiras ao país atingiram cerca de US$ 2,3 bilhões, enquanto as importações de produtos canadenses ficaram pouco abaixo de US$ 1,2 bilhão.
Em discurso à Câmara de Comércio Brasil-Canadá, ela citou os biocombustíveis: "O Brasil é um país pioneiro no uso do álcool como substituto do petróleo, e acompanhamos com interesse o trabalho que vocês fazem visando atingir um equilíbrio entre a pesquisa de novas fontes de energia e a necessidade de proteger os solos cultiváveis e a agricultura".
c) Südzucker investe em trading no país e mira aquisições
A gigante alemã Südzucker finalmente colocou seus pés no Brasil. A companhia, a maior produtora de açúcar do mundo, montou uma trading em São Paulo e seu próximo passo será a aquisição de usinas sucroalcooleiras para se tornar também uma das maiores do país. A estratégia do grupo como trading é abocanhar o espaço deixado pela União Européia no mercado internacional, por conta da mudança do seu regime açucareiro, que obrigou o bloco a diminuir drasticamente suas exportações depois de perder processo na Organização Mundial do Comércio (OMC) para o Brasil, Austrália e Tailândia.
Este é o primeiro investimento do conglomerado alemão fora da Europa, diz ao Valor Antonio Celso Sturion, CEO da Hottlet Sugar Trading, braço comercial da Südzucker. No país, a trading foi batizada de Hosa (Hottlet South America). Sturion atuou como trader na Stockler e Multigrain, antes de ser contratado pela gigante. A trading alemã vai centrar foco na exportação de açúcar branco, conta Sturion. A expectativa neste primeiro ano-safra é exportar cerca de 150 mil toneladas. A matriz exporta a partir da Europa cerca de 500 mil toneladas por ano. Os principais destinos são países do Oriente Médio e parte da África.
O Brasil é considerado um país estratégico para o grupo alemão. Primeiro, por ser o maior produtor e exportador de açúcar do mundo. Também por ter pouco espaço nas vendas mundiais de açúcar branco. Dos 19 milhões de toneladas que deverão embarcadas pelas usinas brasileiras nesta safra (2007/08), apenas um terço deste volume é de açúcar branco. Hoje, o prêmio para o tipo branco no mercado internacional é cerca de US$ 60 por tonelada a mais que o VHP (Very High Polarization), exportado em larga escala pelo país.
Com a saída da União Européia do mercado internacional, após perder em 2004 na OMC um processo movido pelo Brasil, Austrália e Tailândia contra a política de subsídios ao açúcar, o bloco europeu vai deixar um espaço de 3 milhões a 4 milhões de toneladas para que outros países exportem açúcar branco.
d) Braskem exporta 27% a mais no semestre
A Braskem, maior petroquímica do país, viu o volume de exportações à Argentina crescer 27% no primeiro semestre deste ano na comparação com igual período do ano passado, principalmente nas vendas de polietilenos, usados na fabricação de embalagens e filmes flexíveis. A petroquímica, porém, informa que o aumento das vendas não está relacionado à crise energética enfrentada pelo país vizinho. "Essas taxas de crescimento já vinham antes da crise energética. O impacto [da crise] foi pequeno", diz o diretor de exportações de poliolefinas da Braskem, Walmir Soller.
Ele diz que a crise energética afetou a oferta local de resinas no início de julho, o que, segundo ele, levou os produtores a administrar os estoques e a reduzir as exportações para outros mercados, como Uruguai, Chile e Paraguai. "Sentimos um crescimento nas vendas destes países da ordem de 10%." Soller acha que os problemas também afetaram a indústria de transformação de produtos plásticos, reduzindo a demanda local por resinas.
O executivo conta que a Braskem já tinha planos para crescer as vendas antes da chegada da crise. No fim de 2005, a empresa decidiu abrir um escritório comercial, que começou a operar mais efetivamente no início deste ano, de forma a conquistar clientes argentinos. Antes, a empresa operava com representantes e distribuidores. Segundo Soller, as vendas da Braskem para a Argentina tiveram também o reforço das vendas efetuadas pela Politeno, empresa incorporada pela petroquímica no ano passado. O país vizinho é o destino principal das vendas externas de resinas da Braskem, respondendo por pelo menos 25% do volume vendido.
e) Exportação esquenta corrida por alcooldutos
A perspectiva de exportação de 12 bilhões de litros de etanol a partir de 2012 levou a Transpetro, a Copel e a União das Indústrias da Cana-de-Açúcar (Unica) a uma corrida para a elaboração de pelo menos cinco estudos para a construção de alcooldutos ligando o interior de São Paulo ou o Centro-Oeste brasileiro aos portos de São Sebastião (SP) e Paranaguá (PR).
Algumas das propostas de traçado coincidem, mas isso não levou nenhuma das partes até agora a uma mesa para a discussão de um projeto único. 'Não estamos falando com ninguém ainda, mas acho que isso é uma questão de tempo', diz o presidente da Transpetro, Sérgio Machado.
Está nas mãos da Transpetro, empresa de logística da Petrobrás, a tarefa de desenvolver três corredores de exportação de etanol até o início da próxima década. O investimento da estatal para, pelo menos, dois projetos com mais de 1 mil quilômetros de extensão, está orçado em US$ 1,1 bilhão. O primeiro liga a cidade de Senador Canhedo (GO) ao Porto de São Sebastião (SP). O outro alcoolduto liga Cuiabá a Paranaguá.
Agronegócio
a) Vinícolas inauguram a produção de suco de uva no Vale do São Francisco
Maior região exportadora de uvas do país, o Vale do Rio São Francisco começa a transformar as frutas das parreiras em suco. A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) está colhendo este mês a primeira safra das variedades de uva adaptadas ao clima semi-árido tropical destinadas à fabricação da bebida.
O suco surge como alternativa às vendas externas da uva de mesa, que variam ao sabor da flutuação do câmbio, e também do vinho, produto do Vale do Rio São Francisco que ainda busca maior aceitação dos consumidores. "Obter um suco de qualidade é muito mais fácil do que conseguir um vinho bom", explica Giuliano Elias Pereira, pesquisador da Embrapa Uva e Vinho do Semi-Árido. Enquanto o suco envolve somente questões de coloração, aroma e gosto, o vinho abrange pontos como o tanino, substância da uva que dá adstringência à bebida.
Para desenvolver a produção de suco no Nordeste, a Embrapa está investindo cerca de R$ 600 mil. Ao todo, foram plantados em parceria com as vinícolas São Francisco e Garziera 10 hectares de três variedades de uva: Isabel Precoce, BRS Rubia e BRS Cora. Um ponto que conta a favor dos sucos é o crescimento do consumo. A comercialização da bebida cresceu cerca de 75% de 2000 a 2006 na maior região produtora do Brasil, o Rio Grande do Sul. Foram 38,6 milhões de litros no ano passado. Já a venda de vinhos subiu 5% no mesmo período.
b) Gordos estoques no Rio Grande do Sul
A greve dos fiscais federais agropecuários fez com que cerca de 1,8 mil toneladas de carne de aves, avaliadas em US$ 2,3 milhões, deixassem de ser exportadas por dia pelos frigoríficos instalados no Rio Grande do Sul. Segundo o secretário executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), José Eduardo dos Santos, a situação elevou os estoques das empresas, que já ameaçavam suspender abates.
Os estoques da Frangosul, que exporta cerca de 80% da produção, alcançaram ontem o equivalente a uma semana de vendas, disse o veterinário. Só em Montenegro, 2 mil toneladas de carne de frango ficaram armazenadas em 80 contêineres frigorificados. A situação da Frangosul não ficou pior porque na primeira paralisação dos fiscais, há três semanas, a empresa tratou de limpar os estoques, disse Franco.
No Paraná, a suspensão da greve foi particularmente comemorada pelo Sindicato das Indústrias dos Produtos Avícolas do Paraná (Sindiavipar), uma vez que o Estado é o maior produtor nacional de frango de corte e responde por 25,8% das exportações brasileiras.
Mercosul
a) Liderança do Brasil não existe, diz uruguaio
O Mercosul "não funciona" e a liderança brasileira na América do Sul não existe. O desabafo é do uruguaio Carlos Perez Del Castillo, ex-presidente do Conselho Geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) e candidato derrotado ao cargo de diretor geral da entidade. "O Mercosul vive um caos. Não estamos nem numa zona de livre comércio nem numa união aduaneira. A tarifa externa comum (TEC) é uma ficção e, para completar, Uruguai e Argentina estão em crise por causa das papeleiras. Se não bastasse, o Brasil adota uma postura de neutralidade. Se o País quer ser líder, precisa se envolver nos temas regionais", diz o uruguaio.
Castillo, que hoje atua como consultor e é o presidente do painel da OMC criado para investigar os subsídios proibidos à Airbus, foi derrotado pelo francês Pascal Lamy nas últimas eleições. Mas o que lhe causou surpresa foi o fato de o Brasil ter decidido lançar seu próprio candidato, o diplomata Luís Felipe de Seixas Correa, também derrotado. Em Montevidéu, a decisão do Itamaraty foi considerada uma traição e um dos fatores que impediram a vitória do uruguaio.
Dois anos após a derrota e depois de um longo período de silêncio, Castillo ataca a política comercial do governo brasileiro para a região. Segundo ele, "nos últimos anos, a integração do bloco deu passos para trás". "Para ser líder, um país precisa adotar posições altivas. E isso não tenho visto."
Uma de suas queixas se refere às "amarras" que prendem os pequenos países. "De um lado, a TEC não funciona. Mas, ao mesmo tempo, exige-se das economias menores que não busquem acordos de forma isolada para supostamente não minar a TEC."
b) Um teste no Mercosul
Apesar de o sistema de listas fechadas ter sido rejeitado na votação da reforma política na Câmara dos Deputados, o dispositivo poderá ser testado nas eleições de 2010 para escolha dos representantes brasileiros no Parlamento do Mercosul, o bloco econômico que reúne Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai e deverá contar também com a Venezuela. No mesmo dia em que votarem nas eleições gerais — para presidente, deputados, senadores e governadores —, os eleitores deverão escolher pela primeira vez os representantes do país nesse colegiado internacional.
Há três semanas, o Congresso Nacional indicou os 18 atuais representantes do Brasil no Parlamento do Mercosul. São nove senadores e nove deputados federais, cuja distribuição pelos partidos levou em conta os tamanhos das bancadas. Esse é um grupo de transição, que terá mandato até a posse dos novos representantes, eleitos em 2010. As regras da eleição deverão ser discutidas a partir deste semestre, por um grupo de trabalho, e precisarão ser reunidas em um projeto de lei para aprovação até 2009, obedecendo ao prazo para mudanças em normas eleitorais, que é de 12 meses antes da votação.
O parlamentar também entende que deva ser adotado o modelo da União Européia, o bloco econômico europeu, pelo qual os candidatos não são lançados por partidos, mas por grupos de legendas com afinidade política. Assim, haveria candidatos de partidos conservadores, partidos liberais, partidos social-democratas e das demais tendências políticas.
OMC
a) Satisfação com vitória na briga do algodão
O Brasil conseguiu uma "enorme vitória" contra os Estados Unidos depois da nova condenação aos subsídios concedidos por Washington ao algodão na Organização Mundial do Comércio (OMC). De acordo com o subsecretário de assuntos econômicos do Itamaraty, ministro Roberto Azevedo, o país recebeu com "satisfação" a decisão.
Mas, desta vez, o governo americano parece não ter ficado descontente. Isso porque a administração Bush procura utilizar a nova condenação para tentar convencer o Congresso do país a aceitar cortes maiores nas subvenções agrícolas concedidas.
O secretário de agricultura americano, Mike Johanns, insistiu que a nova lei agrícola para os próximos cinco anos, que os democratas querem aprovar, faz reformas apenas modestas e na verdade amplia subvenções vulneráveis à contestações na OMC.
Uma fonte americana confirmou que os juízes da OMC concluíram que Washington não alterou suficientemente os programas que causam "sérios prejuízos" a agricultores brasileiros. Como os pagamentos contracíclicos, que compensam os produtores por queda de preços, o "Marketing loan payments", programa usado para pagar cotonicultores antes da colheita, e o programa de liberação de crédito a exportação.
b) Liderança do Brasil na OMC ganha admiradores e críticos
O Brasil passou a fazer parte do grupo de países com poder de influenciar as negociações da Organização Mundial do Comércio (OMC). Mas a nova realidade da diplomacia brasileira também modificou a forma como o governo atua nos bastidores das reuniões em Genebra e como é visto pelos demais países e até pela imprensa estrangeira. Se a diplomacia brasileira ganhou admiradores por ser ativa, também provocou um sentimento de suspeita, desconfiança, irritação e até temor entre vários governos, alguns até da América do Sul.
Durante décadas, as regras do comércio internacional eram praticamente decididas por americanos e europeus. O restante da comunidade internacional pouco conseguia influenciar, o que explica o "apartheid" em que foi mantida a agricultura por décadas. Mais recentemente, porém, os países emergentes conseguiram redesenhar a geometria das negociações. Os primeiros passos foram dados pelo Brasil no lançamento da Rodada Doha, em 2001, e com a decisão de lançar disputas contra os subsídios americanos e europeus, em 2002. Mas ganhou força com a criação do G-20 (grupo de países emergentes), em 2003. Desde então, o País é um ator constante nas negociações.
"O Brasil se tornou um dos líderes das negociações e atua de forma incisiva. De fato, sua liderança é vista por alguns até mesmo como sendo desproporcional à sua participação no comércio internacional", afirma o jornalista americano Daniel Pruzin, que há nove anos cobre a OMC e é presidente da Associação de Jornalistas Credenciados na ONU em Genebra. Hoje o Brasil não está nem entre os 20 maiores exportadores e representa apenas 1% do comércio internacional.
Plano Internacional
a) Carne Argentina perde espaço no exterior
Reconhecida pela liderança no mercado internacional de carne bovina, mantida até a década de 1980, a Argentina perdeu espaço para seus principais concorrentes no exterior, entre eles seus três sócios do Mercosul (Brasil, Uruguai e Paraguai), e enfrenta dificuldades para recuperá-lo. Não porque o país tenha perdido em qualidade, mas sim por uma "política de Estado". Para conter a alta dos preços no mercado local, o governo argentino decidiu reduzir as exportações, direcionando a produção para o consumo interno.
Mas, movidos pela expectativa de que a retomada externa aconteça, e com a demanda doméstica em recuperação, os grandes pecuaristas do país estão liderando uma importante transformação no segmento. Com elevados investimentos em tecnologia, eles conseguiram, a partir de um número menor de animais, aumentar em quase 30% a produção de carne nos últimos 15 anos, para as atuais 3,1 milhões de toneladas. O rebanho bovino baixou de 61 milhões de cabeças no fim dos anos 1970 para 56 milhões este ano.
A produção de carne, que havia caído fortemente em 2002 por causa da crise econômica, voltou a crescer até 2005, aproximando-se das 3,14 milhões de toneladas de 1978. Impulsionadas por um mercado favorável, as exportações avançaram 120% de 2002 a 2005.
b) Cargill prepara a sucessão de seu presidente no Brasil
A gigante americana Cargill está preparando a sucessão de seu principal executivo no Brasil. O Valor apurou que o atual presidente da companhia, Sérgio Barroso, deixará a companhia em 1º de outubro e passará o bastão para Sérgio Rial, que já é diretor da multinacional para a América Latina. Barroso, que trabalha há 34 anos na Cargill, vai se aposentar.
A mudança de cadeiras não se restringe somente à presidência. O grupo trouxe para o Brasil o executivo holandês Auke Vlas, que assumiu os negócios de açúcar e álcool da Cargill no Brasil há quase 60 dias. Francisco Vasselucci, que ocupava o cargo, deixou a empresa. Vlas, que trabalhava na Cargill nos Estados Unidos, chegou ao Brasil há mais de um ano e se estabeleceu com sua família em Ribeirão Preto (SP).
A cidade paulista não foi escolhida por acaso. A Cargill quer ampliar seus negócios na produção de açúcar e álcool e Ribeirão Preto é o principal pólo produtor de cana do país. Atualmente, a Cargill tem participação acionária em duas usinas sucroalcooleiras - Cevasa (63%), em São Paulo, e Itapagipe (43,75%), em Minas Gerais, mas quer ampliar os seus domínios neste setor.
c) Petróleo vai a US$ 78,21 em NY, maior nível da história
O preço do barril de petróleo bateu recorde ontem na Bolsa de Nova York, ao fechar o dia em US$ 78,21, alta de 1,8%. A maior cotação de fechamento até então era US$ 77,03, atingida em julho de 2006, no início da Guerra do Líbano.
No pregão de ontem, a commodity chegou a ser cotada a US$ 78,28, quantia poucos centavos inferior à do maior valor histórico atingido no decorrer de uma sessão da Bolsa americana -US$ 78,40. Em julho, o preço do barril subiu 10,65%.
Muitos analistas esperam que a cotação do petróleo continue subindo. Desde o começo do ano, o preço do barril aumentou 28%, mas não inibiu o forte aumento em seu consumo, puxado pelos crescimentos econômicos dos Estados Unidos e da Ásia.
Diferentemente do ano passado, a razão principal para o aumento não são tensões geopolíticas, apesar de elas ainda estarem presentes no Iraque, no Irã e na Venezuela. O motivo mais forte se deve a preocupações com a oferta.
d) Comércio exterior: China diz que 99% dos itens exportados são seguros
O governo chinês respondeu às criticas que os produtos do país vêm sofrendo no exterior. Segundo o ministro do Comércio, Bo Xilai, "mais de 99% dos produtos exportados são seguros e de qualidade". Novas reclamações surgiram depois que a americana Fisher-Price confirmou que irá recolher 1,5 milhão de brinquedos produzidos por um fornecedor do país asiático e que tinham quantidade excessiva de chumbo na tinta. O Brasil não será atingido pelo recall mundial, anunciou ontem a Fisher-Price. Segundo a empresa, produtos do lote com problemas não foram comercializados no país.