07 a 11 de junho de 2010

Comércio Exterior

Resultados
Exportações de couro sobem 73% e chegam a US$ 156 mi
Brasil começa a ser cogitado para fazer parte da Opep

Investimentos

Investimento tem maior alta desde 1996

Agronegócio

Irlanda tenta criar frente contra a carne brasileira no exterior
Preço baixo do açúcar anima Oriente Médio a importar
Rússia suspende importação da Marfrig e da JBSAgronegócio exportou US$ 7,20 bilhões em maio

Mercosul

União Europeia e Mercosul anunciam reunião neste mês
TGA faz parceria para crescer no Paraguai
Preço do trigo argentino deve cair 30% para ser competitivo

Organização Mundial do Comércio (OMC)

Algodão: Brasil já cogita retaliar EUA

Plano Internacional

Governo recém-eleito da Hungria está fazendo política com sua dívida externa
Venezuela cria novo sistema de controle cambial
Alemanha vai cortar mais de 80 bi de euros até 2014
China tem a inflação mais alta em 19 meses



Comércio Exterior

a) Resultados

A balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 1,145 bilhão na primeira semana de junho (01 a 06). Em apenas três dias úteis, as exportações somaram US$ 3,202 bilhões e as importações, US$ 2,057 bilhões, segundo dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Com o resultado da primeira semana do mês, a balança comercial acumula no ano, até o dia 6 de junho, um superávit de US$ 6,762 bilhões, o que representa uma queda de 35,67% ante o saldo acumulado em igual período de 2009 (US$ 10,512 bilhões).

Apesar da queda no saldo comercial, a corrente de comércio (soma das exportações e importações) no acumulado do ano atingiu US$ 143,828 bilhões, valor 33,8% superior aos US$ 107,522 bilhões verificados em igual período de 2009, o que reflete a melhora nas transações comerciais internacionais.

O crescimento das exportações brasileiras nas três categorias de produtos foi o responsável pela expansão de 54,9% na média diária exportada na primeira semana de junho (1 a 6), de US$ 1,067 bilhão, ante a média verificada no mês de junho de 2009 (US$ 689 milhões). No período, as exportações somaram US$ 3,202 bilhões.

Segundo dados divulgados nesta segunda-feira, 7, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), pela média diária, as vendas externas de produtos básicos cresceram 74,9%, por conta, principalmente de commodities como petróleo, minério de cobre, minério de ferro, carne bovina, suína e de frango e farelo de soja.

As exportações de semimanufaturados tiveram aumento de 66,4%, com destaque para produtos como ferro/aço, ligas de alumínio, couros e peles, alumínio em bruto, açúcar em estado bruto, celulose e ferro ligas.

No ramo de manufaturados, as vendas para o mercado externo cresceram 25,6%, em razão, principalmente, das vendas de hidrocarbonetos, veículos de carga, óleos combustíveis, máquinas/aparelhos para terraplanagem, tratores, autopeças, bombas e compressores, motores e geradores e automóveis.

Na comparação com maio deste ano, quando a média diária exportada foi de US$ 843 milhões, houve um crescimento de 26,6%. Essa expansão foi motivada pelo aumento nas vendas de produtos básicos (+38,2%), semimanufaturados (+19,4%) e manufaturados (+11%), afirmou, em nota, o Ministério do Desenvolvimento.

A balança comercial registrou um superávit de US$ 1,145 bilhão na primeira semana de junho. Em apenas três dias úteis, as exportações somaram US$ 3,202 bilhões, e as importações, US$ 2,057 bilhões.


b) Exportações de couro sobem 73% e chegam a US$ 156 mi

A Secretaria de Comércio Exterior, órgão do Ministério da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior, informou que as exportações de couros em maio atingiram US$ 156 milhões, alta de 73% em comparação com o ano passado, mas 2% inferior ao patamar dos US$ 159 milhões atingido nos meses de abril e março do ano em curso.

À primeira vista, a queda de 2% parece insignificante, mas de certa forma é um reflexo da desaceleração do aumento dos preços, diz Wolfgang Goerlich, presidente do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB). Segundo ele, desde março os exportadores estão enfrentando dificuldades para novo ajuste.


c) Brasil começa a ser cogitado para fazer parte da Opep

Diante das novas descobertas de camadas de petróleo no País, o diretor-geral para a Arábia Saudita da Opep, Majid Al-Moneef, disse que o Brasil é bem-vindo à organização desde que esteja disposto a cumprir com as obrigações e responsabilidades impostas aos países membros.

"Previsões dão conta de que o volume de exportações do Brasil estará em cerca de 2 milhões de barris nos próximos dez anos, mas com qualquer volume de exportação tenho certeza que o país pode trazer nova dimensão à organização, que hoje só tem a Venezuela como representante da América Latina", declarou ao participar do IAEES 2010 Internacional Conference, no Rio de Janeiro. Segundo Al-Moneef cabe ao País decidir se entra ou não na organização, que estará disposta a recebê-lo.

O professor do Mackenzie, Francisco Cassano, afirma que entrar na Opep hoje seria um erro, uma vez que ainda não se sabe o tipo de petróleo que será extraído da camada pré-sal. "Devemos primeiro esperar para saber qual o tipo de petróleo, depois será um jogo. Se tivermos petróleo de boa qualidade, não deveremos entrar na Opep, uma vez que deixaremos de importar e supriremos o mercado interno, para depois começar a exportar. E se tivermos muito, devemos angariar mercados, ganhar em valor, sem nos submetermos às vontades de um grupo. Agora, se a qualidade for inferior, sim devemos entrar, uma vez que teremos a ajuda da Opep para direcionar o nosso produto. Por isso é um jogo", frisou.

"Uma das premissas para ser membro da Opep é ser um grande exportador de petróleo. O Brasil será um dia, mas ainda não é. Outro ponto é a obediência no sistema de produção, para manter o controle, reduzindo a extração de petróleo e muitas vezes operando abaixo da capacidade de produção", afirmou Al-Moneef. A afirmação foi motivada por uma brincadeira durante o evento, no qual o analista sênior do Fundo para Desenvolvimento Internacional da Opep, Rachid Bencherif, disse que a organização estava aberta para novos associados. "Por que não o Brasil?", provocou o economista.

"A Opep é contraditória e prejudicará o Brasil. Primeiro pede para produzirmos muito, depois avisa que agora sabe que temos capacidade, mas não quer que a utilizemos. Assim, perderemos investimentos, infraestrutura, lucros, mão de obra, não vale a pena", afirma Roberto Segatto, presidente da Associação Brasileira de Comércio exterior (Abracex).

O recuo na demanda de combustíveis provenientes do petróleo pelos países da União Europeia e dos Estados Unidos (maiores consumidores mundiais) deve-se à crise financeira e não à substituição por fontes mais limpas como biocombustível. A afirmação é do professor Cassano, que complementa ao dizer que as alegações da Administração de Informação de Energia (AIE), órgão dos Estados Unidos, com relação à tendência de redução das projeções de produção dos países que não são membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) são meramente políticas e irreais.

O órgão americano informou por meio de nota oficial que a expectativa para o crescimento da produção de petróleo de países de fora da Opep neste ano recuou em 160 mil barris por dia (bpd) em relação à sua previsão anterior, em meio a um panorama pessimista para o Brasil.

"Como podem rever para baixo a produção de petróleo no Brasil agora, uma vez que acabamos de descobrir o pré-sal? Não tem sentido fazer uma afirmação como esta, ela é meramente política e que pretende evitar transferência de investimentos para o Brasil, e também marcar uma superioridade", afirmou Segatto. Diante das novas descobertas de petróleo no País, o diretor-geral para a Arábia Saudita da Opep, Majid Al-Moneef, disse ontem que o Brasil será bem-vindo à organização desde que esteja disposto a cumprir as obrigações e responsabilidades impostas aos países-membros. "Previsões dão conta de que o volume de exportações do Brasil estará em cerca de 2 milhões de barris nos próximos dez anos, mas com qualquer volume de exportação tenho certeza de que o País pode trazer nova dimensão à organização."

O professor do Mackenzie Francisco Cassano afirma que entrar na Opep hoje seria um erro, uma vez que ainda não se sabe o tipo de petróleo que será extraído da camada pré-sal. "Se tivermos petróleo de boa qualidade, não deveremos entrar na Opep, para atender a demanda interna."


Investimentos

a) Investimento tem maior alta desde 1996

Retomada de projetos industriais e câmbio favorável à importação de máquinas produzem expansão de 26%.

Estímulo fiscal, reforço de estoques e número fraco do primeiro trimestre de 2009 incrementam resultado.

Sem sentir o impacto da alta dos juros iniciada em abril, os investimentos cresceram no primeiro trimestre de 2010 graças à retomada de projetos industriais, ao estímulo do governo à construção civil e ao câmbio favorável à importação de máquinas.

Esses efeitos resultaram numa expansão de 26% dos investimentos nos três primeiros meses do ano ante igual período de 2009 -maior taxa da série histórica do IBGE, iniciada em 1996 nesse tipo de comparação.

Beneficiada também pelo incremento da produção de máquinas e equipamentos, a indústria avançou em nível recorde -14,6% ante o primeiro trimestre de 2009.

Impulsionou ainda o desempenho do setor a redução do IPI de veículos, eletrodomésticos e material de construção, que detonou uma forte antecipação de consumo.

Com isso, as fábricas apressaram a recomposição de estoques para atender aos pedidos do comércio, setor que cresceu 15,2% ante o primeiro trimestre de 2009.

O impacto do IPI reduzido se espalhou pela cadeia de fornecedores e turbinou a produção de autopeças, borracha, plástico, aço e outros.

O estímulo fiscal teve um peso considerável no resultado da indústria, diz Rafael Bacciotti, economista da Tendências Consultoria.

O setor foi melhor do que agropecuária e serviços -altas de 5,1% e 5,9% ante o primeiro trimestre de 2009, respectivamente. É que ambos haviam sentido menos os efeitos da crise em 2009. Tanto os investimentos como a indústria já zeram as perdas provocadas pela crise. Os dois recuperaram o patamar anterior ao quarto trimestre de 2008, quando a crise tomou proporções globais.

Um dado negativo é o descompasso entre o crescimento de importações e exportações -que subiram 13,1% e 1,7%, respectivamente, ante o último trimestre de 2009.

Isso resultou em uma necessidade de financiamento externo da economia (via ingresso de dólares) de R$ 25 bilhões no primeiro trimestre do ano, a maior desde 2000.


Agronegócio

a) Irlanda tenta criar frente contra a carne brasileira no exterior

Diante do atual cenário de suspensão de exportação da carne brasileira para Rússia e Estados Unidos, a Irlanda, mais uma vez, inicia uma movimentação na tentativa de barrar o produto brasileiro. No entanto, de acordo com especialistas do setor, a iniciativa não deve ser bem-sucedida e também não deve ter impacto nas vendas nacionais. No entanto, a crise europeia assusta a pecuária brasileira, mesmo sem ter números concretos.

"A Irlanda sempre que pode se opõe ao Brasil. Mas é normal. Eles [irlandeses] não gostam da concorrência de países da América do Sul", afirmou Paulo Molinari, analista da Safras & Mercado. "O que pode, de fato, alterar os números da exportação brasileira é essa nova onda de crise".

O especialista Alex Lopes da Silva, especialista da Scot Consultoria, assegura que, até agora, não houve sinais de que outros países possam suspender o produto brasileiro por algum tipo de influência dos irlandeses, ou até mesmo por causa da Rússia e dos Estados Unidos. De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carne (Abiec), as exportações do Brasil podem subir para 15%, até o fim deste ano, diante o último ano - quando as exportações foram, aproximadamente, de 1,8 milhão de toneladas.

Para Molinari, o País não consegue alcançar essa estimativa. Até abril de 2010, foi embarcado 1,1% a mais, em volume, contra o mesmo período do ano passado. De janeiro a maio deste ano foram exportadas 764 mil toneladas - Tonelada Equivalente Carcaça (TEC) -, perante 744 mil toneladas da mesma temporada de 2009, contou. E completou: "Analisando o panorama atual, se conseguir aumentar para 5%, está bom". A média nacional de produtividade é de 0,8 unidade animal a uma cabeça por hectare.

A Rússia suspendeu oito plantas industriais brasileiras de carne bovina dos grupos (e frigoríficos) JBS e Marfrig. "Esse fato não influencia, pois a Marfrig, por exemplo, tem outras plantas habilitadas e pode redirecionar as vendas para outros lugares", disse Ronei Lauxen, presidente do Sindicato da Indústria da Carne e Derivados no Estado do Rio Grande do Sul, que afirmou que os russos restringiram uma planta industrial no estado. Péricles Salazar, presidente da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), acredita que a suspensão é em função de uma concentração de vendas no mercado da Rússia. "Eles querem diversificar as empresas [do Brasil] para que os preços não fiquem encarecidos. É provável que o País acate", opinou o presidente, que esteve em Moscou, em 2008, contou que havia reclamações por parte do setor quanto ao valor da carne.

Outros estados também receberam restrições dos russos: Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul. Segundo Molinari, a Marfrig não será prejudicada, já que São Paulo assume a lacuna de outros estados por ser produtor e exportador.

Segundo Lopes da Silva, o Brasil exporta cerca de 30% de carne para a Rússia. Por isso, para Lopes da Silva, é "difícil eles suspenderem a carne para procurar novos mercados. E mesmo com a última crise, apesar de redução por parte deles, o Brasil conseguiu enviar um grande volume".

Os Estados Unidos alegaram um motivo concreto para suspender a commodity brasileira: questão sanitária. O nível de Ivermectina, um vermífugo utilizado na criação de bovinos, está acima do permitido. O congelamento na exportação, contudo, partiu do Ministério da Agricultura brasileiro. "As vendas foram bloqueadas para os níveis serem ajustados", afirmou Salazar.

De acordo com o analista da Scot, cabem, agora, às empresas brasileiras de medicamentos reverem certos conceitos para evitar piores consequências. "Mas isso não deve mexer na imagem do Brasil", comentou. Ainda segundo o especialista, o Irã e países do Oriente Médio aumentam a demanda pela pecuária do País.

"A questão americana é inteiramente de procedimento. Os frigoríficos se bloquearam porque não querem perder vendas", disse Molinari. Por mês, o Brasil embarca cerca de 6 mil a 7 mil toneladas de carne.

Diante do cenário de suspensão da exportação da carne brasileira para Rússia e EUA, a Irlanda, mais uma vez, inicia movimentação para barrar o produto brasileiro no exterior.


b) Preço baixo do açúcar anima Oriente Médio a importar

Com os atuais 15,09 centavos de dólar por libra-peso da Bolsa de Nova York (com entrega em outubro), o Oriente Médio dá sinais de que poderá importar mais açúcar nos próximos meses. O contrato de julho ficou estabelecido em 25 centavos de dólar por libra-peso.

De uns tempos para cá, os preços físicos do açúcar caíram. Isso atrai compradores, como é o caso do Oriente Médio, afirmou Miguel Biegai Júnior, analista da Safras & Mercado. Segundo Biegai, entre 13 e 16 centavos, o preço fica dentro da normalidade, mas, se os valores saírem desses índices, aí será uma mudança significativa dentro do cenário internacional.

Além do Oriente Médio, há uma outra necessidade: a de países recomporem seus estoques. O Brasil está em plena safra, embora ainda não há ofertas boas o suficiente, em função de vendas já acertadas, disse Narciso Bertoldi, diretor comercial do Grupo USJ. Bertoldi explicou que os níveis atuais são desconfortáveis para o produtor mundial. O País é o atual supridor cenário mundial. Mas ainda é cedo para falar, pois os preços não estão estruturados, completou.

A procura do Oriente Médio por açúcar é alta devido às refinarias da região. São as maiores do mundo, como a de Dubai e da Síria nova empresa. Essas refinarias são grandes consumidoras de açúcar e devem continuar com o interesse pelo produto brasileiro, disse Paulo Costa, especialista em agronegócios e bioenergia, e associado do escritório Buranello Passos Advogados. De acordo com o especialista, o preço atual é uma correção do mercado por questões de fundamentos, já que há muita oferta, mas a procura segue normal.

Para Antonio de Padua de Rodrigues, diretor técnico da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), os preços do açúcar refletem a crise financeira européia. Os preços estão abaixo do custo de produção aqui no Brasil, o que faz um preço não sustentável, disse. O patamar ideal a curto prazo, entre abril de 2010 e março de 2011, seria de 18 centavos de dólar por libra-peso. A tendência é que melhore ainda este ano, falou o executivo. No ano passado, em abril, as exportações brasileiras no período ficaram entre 20 e 24 centavos de dólar.

Países como Rússia (a que mais importa), Índia e países do Oriente Médio são os que mais importam açúcar brasileiro.

Conforme afirmou Biegai, o centro-sul brasileiro, principal responsável pelas exportações, embarcou 22,2 milhões de toneladas de açúcar no ano passado. Em 2010, o cenário poderá ser superior - estimativa de exportação em 27 milhões de toneladas. Os preços do último ano estavam bons, fato que reflete no volume e preço da commodity, diz.

Os preços mais remuneradores do açúcar no mercado internacional e a maior estabilidade cambial garantiram um aumento de receita das grandes empresas exportadoras do setor sucroalcooleiro no período de janeiro a abril de 2010 em relação a igual período do ano anterior. Na lista das 40 maiores exportadoras brasileiras preparada pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), a Copersucar galgou 13 posições entre 2009 e 2010, passando do 30º para o 17º lugar na lista das top 40. Já a Cosan, que não fazia parte da lista em 2009, entrou na 23ª posição. As duas empresas são as únicas que apenas exportam produtos do setor sucroalcooleiro que fazem parte da lista da Secex.

No período analisado, os preços médios do açúcar exportado pelo Brasil subiram 55%, passando de US$ 304,84 por tonelada nos primeiros quatro meses de 2009 para US$ 472,33 no mesmo período de 2010, o que impulsionou o resultado destas empresas. Já o volume total do Brasil exportado no período registrou queda marginal. Entre janeiro e abril de 2010, a receita com exportações da Copersucar bateu US$ 413,6 milhões, aumento de 97,72% ante os US$ 209,2 milhões verificados em igual período do ano anterior. A receita da Cosan no período foi de US$ 388,8 milhões, alta de 123,84% ante os US$ 173,71 milhões registrados no ano anterior. Os resultados de exportação também incluem as vendas de externa de etanol, mas os números divulgados não especificam a receita originada das vendas de açúcar das vendas de etanol.


c) Agronegócio exportou US$ 7,20 bilhões em maio

As exportações do agronegócio totalizaram US$ 7,20 bilhões em maio, resultado 19,7% superior ao registrado no mesmo mês de 2009. As vendas externas de açúcar, soja, carne bovina, animais vivos e produtos florestais puxaram a alta, segundo o Ministério da Agricultura. As importações do setor também aumentaram, 55,3%, puxadas por borracha natural, arroz, lácteos, além de trigo, e alcançaram US$ 1 bilhão. No acumulado do ano, as vendas externas do agronegócio somam US$ 28,073 bilhões.


Mercosul

a) União Europeia e Mercosul anunciam reunião neste mês

A primeira rodada de negociações de um acordo de livre-comércio entre o Mercosul e a União Europeia (UE), após o anúncio oficial de retomada das conversas no dia 17 de maio, será realizada no fim de junho, em Buenos Aires, segundo informou o subsecretário de Integração Econômica Americana e Mercosul da Argentina, embaixador Eduardo Sigal. "Vamos discutir mecanismo de trabalho para a próxima etapa de negociação, que será muito complexa", afirmou.

Sigal destacou que, embora exista "a vontade política de iniciar o processo negociador", o acordo não será alcançado "em duas ou três reuniões ou com voluntarismo porque há sensibilidades particulares de ambos os lados". O ministro Pablo Grinspun, diretor-geral de Mercosul do Ministério de Relações Exteriores da Argentina, país que detém a presidência pro tempore do bloco regional, disse que "a única maneira de avançar em um acordo de livre-comércio é se aproximar ao que estipula a Organização Mundial de Comércio (OMC) sobre o substancial de comércio".

Mas, continuou ele, existem matizes sobre esse "substancial comércio: para a Europa corresponde 90% dos bens e, para o Mercosul, não é necessariamente 90%". Desde 2004, quando as negociações foram interrompidas, a oferta do Mercosul englobava cerca de 70% dos bens e agora já se aproxima de 90%. "Decidimos ter como elemento de negociação os setores automobilístico e de autopeças, mas não simplesmente entregando-os aos europeus."

Segundo o diplomata, o bloco sul-americano vai apresentar uma proposta de abertura do mercado que inclui esses setores, mas será "um acordo à parte", com condições que impõem aos europeus transferência de tecnologia e de plataformas de distintos modelos de veículos para o Mercosul. O negociador argentino explicou que o bloco regional vai propor a criação de um comitê para monitorar a situação. "Não seria uma negociação normal de acesso ao mercado, haveria um período de carência importante antes de começar a liberalização do comércio do setor", ressaltou.

A idéia é estabelecer uma negociação separada sobre o setor automotivo, onde o Mercosul vai pedir mecanismos de salvaguardas para que a indústria regional não seja afetada e compromissos europeus de investimentos na região, detalhou. Grinspun também destacou que a possibilidade do Mercosul incluir esses setores na negociação está sujeita à abertura da Europa à demanda do bloco regional no que diz respeito à agricultura e agroindústria.


b) TGA faz parceria para crescer no Paraguai

As empresas brasileiras TGA Logística e La Asuncena e a paraguaia AC Group fecharam parceria para exportar e importar cargas pequenas entre os países. O projeto foi nomeado Rota 72Horas, e consiste em fazer entregas de porta a porta no prazo máximo de 72 horas - hoje isso é feito em 96 horas. Com isso, a empresa TGA pretende obter um aumento de 10% nos negócios. Já a empresa gaúcha La Asuncena conta com um aumento de aproximadamente 50%.

Segundo as companhias, o maior diferencial do projeto está na facilidade da liberação das mercadorias em regime MIC-DTA (Declaração de Trânsito Aduaneiro), que é o documento que permite a transferência dos trâmites burocráticos de desembaraço da mercadoria da zona primária para a zona secundária. Com isso, eliminam-se os atrasos no cruzamento da fronteira, tornando o tempo de viagem mais curto. Traremos ao mercado de ambos os países mais agilidade, desde o desembaraço da carga na origem, até o destino, passando pelo tempo de trânsito pelas diversas aduanas, em apenas 72 horas, diz Nilson Santos, diretor de Operações da TGA.


c) Preço do trigo argentino deve cair 30% para ser competitivo

O preço do trigo argentino deve cair pelo menos 30% para ganhar competitividade no mercado internacional. Mesmo com a Tarifa Externa Comum (TEC) fixada a 10% para importação fora do Mercosul, o cereal norte-americano chega quase 10% mais barato no Brasil.

Na próxima semana, Wagner Rossi, ministro da Agricultura, deve se reunir com toda a cadeia produtiva para definir um acordo sobre a TEC. O setor pede elevação da tarifa para 35%. Rossi deverá propor um condicionamento da importação do cereal à compra do produto nacional.

De acordo com Lawrence Pih, presidente do Moinho Pacífico, o trigo da Argentina, mais despesas com o frete e o dólar cotado a R$ 1,83, custa à indústria nacional US$ 280, enquanto o grão dos EUA é entregue a US$ 256.

Dados da AF News mostram que nos quatro primeiros meses deste ano, o Brasil importou 34,88 mil toneladas de trigo do Canadá e 42,53 mil toneladas dos Estados Unidos. Do total importado até abril - 2,35 milhões de toneladas - 70% vieram da Argentina e o restante, subtraídos os volumes norte-americano e canadense, chegaram do Uruguai e Paraguai.

No Brasil, apesar do produto comercializado abaixo do preço mínimo de referência, determinado pelo governo federal, pela baixa qualidade disponível, não compensa. Segundo o presidente do Pacífico, se a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) disponibilizar no mercado os 1,2 milhão de trigo de seus estoques, não terá garantia de que negócios serão gerados. O governo federal deveria subsidiar esse trigo para ração, afirma.

Segundo Ana Paula Kowalski, analista de mercados agrícolas da AF News, o cereal distribuído hoje no País está com os principais parâmetros necessários para obter uma boa classificação abaixo dos patamares mínimos. A qualidade do trigo está baixa, especialmente no que se refere ao peso hectolitro do grão ph e força do glúten, cruciais para a produção de farinhas especiais, explica.

Para a analista, além do excesso de oferta mundial de trigo, o fato de o Brasil também possuir quantidade elevada do grão (ruim) tem causado queda nos preços, que já chega a 5% desde o início deste ano no Paraná.

O estoque de passagem mundial acumula 200 milhões de toneladas, de acordo com Pih, recorde histórico.

O preço do grão nacional tem o mínimo fixado a R$ 530 a tonelada, mas o cereal vale R$ 430 em Ponta Grossa, e R$ 440 em Curitiba, no Paraná. No Rio Grande do Sul, custa R$ 392,05. Os dados são da consultoria trigo & Farinhas.

Do lado dos produtores, a resposta aos preços e comercialização desfavoráveis veio com a redução de área cultivada. A redução de área é reflexo do sentimento do produtor, diz Narciso Barison, presidente da Associação dos Produtores e Comerciantes de Sementes e Mudas do Rio Grande do Sul (Apassul) e da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem).

Estudo da Conab aponta um plantio na safra 2010/2011 de 2,13 milhões de hectares, 12,5% menor que a safra anterior. Tanto para Barison quanto para técnicos da Conab, os agricultores estão migrando para lavoura de aveia, cevada e canola, por apresentarem melhores condições de mercado. A solução para que a produção nacional e do bloco não competissem com o grão da América do Norte seria a elevação da TEC para 35%, diz Barison.

No entanto, para Marcelo Vosnika, presidente do Sindicato da Indústria do trigo no Estado do Paraná (Sinditrigo) e um dos vice-presidentes da Associação Brasileira da Indústria do trigo (Abitrigo), o Brasil deveria bloquear a farinha de trigo da Argentina, criando um imposto de importação para o produto. Com os moinhos ociosos, essa medida daria mais liquidez para o trigo nacional. Aumentar a TEC vai proteger ainda mais o mercado interno da Argentina e acabar com a indústria nacional.

Outro entrave comercial enfrentado pelo produtor de trigo no Brasil vai de encontro ao período de compras da indústria.

Segundo Vosnika, os moinhos não têm espaço no caixa para efetuar compras para o ano todo. O produtor faz a conta da moagem em 12 meses e a produção é colhida em três meses. O produtor precisa de recurso para armazenar sua produção e atender de acordo com o que o mercado pede.


Organização Mundial do Comércio (OMC)

a) Algodão: Brasil já cogita retaliar EUA

A dez dias do fim do prazo dado pelo Brasil para que os Estados Unidos apresentem medidas compensatórias que evitem uma retaliação de US$ 829 milhões na disputa sobre os subsídios de algodão, os negociadores brasileiros estão preocupados com o desfecho do processo.

Já se trabalha com o risco de as autoridades americanas apresentarem uma oferta bem aquém do esperado, o que obrigará o governo a usar os instrumentos punitivos que tem em mãos, pela primeira vez, contra aquele país. Neste caso, as retaliações, nas áreas de produtos, serviços e propriedade intelectual, poderiam começar a partir do próximo dia 22.

Nas negociações em curso, o Escritório de Comércio dos EUA (USTR, sigla em inglês) já avisou que qualquer mudança nos subsídios ao algodão, motivo da retaliação autorizada pela Organização Mundial do Comércio (OMC), só poderá ser feita após 2011, quando for reformulada a Lei Agrícola americana (Farm Bill).

O USTR afirma que também haverá grandes dificuldades justamente na parte de acesso a mercados, como a eliminação de barreiras a produtos como o etanol e o suco de laranja. Isto porque, argumentam os negociadores americanos, o Executivo está nas mãos do Congresso que, por sua vez, será renovado em um terço em eleições previstas para o fim deste ano.

Ao mesmo tempo, está tudo pronto para o Brasil aplicar o mecanismo de retaliação cruzada, cujo uso ainda é inédito na História do comércio mundial.

Esse sistema permite não apenas a taxação de produtos importados, mas também punições em propriedade intelectual nas áreas de medicamentos, audiovisual, literária, de cultivares e de programas de computador.

Senado brasileiro já deu aval para retaliação cruzada Segundo o Itamaraty, as manifestações dos setores privado e acadêmico brasileiro já foram analisadas e a elaboração das medidas específicas se encontra em estágio final. Para garantir a adoção desse princípio, o presidente Lula sanciona nos próximos dias uma medida provisória, aprovada anteontem pelo Senado, que permite a retaliação cruzada.

Os americanos estão particularmente preocupados com a parte de propriedade intelectual. Segundo um comunicado do Ministério das Relações Exteriores, entre as punições, destacam-se licenciamento sem remuneração, bloqueio de remessa de royalties e criação ou majoração dos valores de registros.

A retaliação já poderia ter começado há cerca de dois meses, quando os EUA pediram um prazo para prepararem uma oferta melhor. Para conseguir a postergação do prazo, o governo americano assumiu os seguintes compromissos: a suspensão do programa de garantia à exportação (GSM), a liberação da importação de carne suína brasileira e a criação de um fundo de US$ 147 milhões por ano para os produtores brasileiros de algodão


Plano Internacional

a) Governo recém-eleito da Hungria está fazendo política com sua dívida externa

De acordo com os números, a Hungria não é a Grécia.

Seu deficit orçamentário equivale à metade do grego. O país não usa o euro e, portanto, poderia, se pressionado, elevar exportações por meio de uma desvalorização cambial. E está em meio a um plano de reforma econômica assistido pelo FMI, com direito a recorrer a uma linha de crédito de até US$ 2 bilhões em caso de necessidade.

Porém, isso não impediu que comentários provocados por motivos políticos feitos na semana passada por membros do governo húngaro causassem queda livre nas Bolsas mundiais, na sexta.

O motivo, possivelmente, é que o governo de centro-direita do premiê Viktor Orban, recentemente eleito, está -como muitos outros governos europeus- enfrentando a quase impossível tarefa de satisfazer a dois grupos de interesses muito distintos.

De um lado, os eleitores insatisfeitos, que não desejam novos cortes em seus salários e benefícios; de outro, a União Europeia, o FMI e os investidores no mercado de dívida pública, que insistem em medidas de austeridade ainda mais profundas como forma de reduzir a dívida.

Peter Szijjarto, porta-voz do novo premiê, declarou na sexta-feira que a economia húngara estava em situação muito grave. Ele chegou a mencionar a possibilidade de uma moratória, alegando que especulação quanto a isso não seria exagero.

Sob a condição de anonimato, funcionários do governo e executivos financeiros que estão assessorando as autoridades alegaram que a Hungria mantém o compromisso de reduzir o deficit, adotado no governo anterior.

E, embora admitissem que era possível que o deficit superasse sua meta para 2010, disseram que isso pode ter sido causado mais pelas diferenças sobre como contabilizar os números financeiros que por manobras de camuflagem em larga escala como as adotadas pela Grécia.

Mesmo assim, embora comparar Hungria e Grécia possa enervar os investidores internacionais, a comparação tem méritos na política interna. Por um lado, pode convencer uma população relutante a aceitar os cortes de gastos ainda mais severos que estão por vir; por outro, concede poder de negociação ao governo para impor cortes de impostos e outras medidas que combatam deficit e estimulem a expansão.

Agora o objetivo primário é o crescimento, disse um funcionário do governo. Na Hungria, uma economia pequena e aberta que tradicionalmente depende das exportações para promover crescimento, existe a impressão de que o governo teria invocado o espectro de um colapso econômico ao estilo grego a fim de provocar uma baixa do forinte (a moeda local) e assim tornar as exportações mais competitivas.

Mas 75% das exportações da Hungria se destinam à zona do euro, que está em desaceleração e cujos dirigentes parecem mais interessados em promover uma queda do euro a fim de estimular as exportações regionais. Com isso, é improvável que a Hungria consiga uma aceleração acentuada nas exportações.


b) Venezuela cria novo sistema de controle cambial

O Banco Central da Venezuela (BCV) e o governo anunciaram um novo sistema para operações com títulos da dívida em moeda estrangeira. Pelas novas regras, só os bancos poderão, com autorização prévia do BCV, vender títulos em valores acima de US$ 1 mil a investidores e empresas.

Segundo o jornal venezuelano “El Nacional”, as casas de câmbio também poderão negociar esses títulos, “desde que devidamente autorizadas para atuar no mercado de divisas”. A nova lei prevê ainda que os hotéis poderão fazer troca de moeda estrangeira e cheques de viagem para turistas, mas deverão vender essas divisas ao BCV, informou o jornal. Neste caso, os hotéis deverão informar que o câmbio para o dólar é de 4,2893 bolívares.

O BCV, que terá o controle do chamado Sistema de Operações com Títulos em Moeda Estrangeira (Sitme, em espanhol), poderá realizar visitas e inspeções nos bancos para verificar o cumprimento das regras. A autoridade monetária publicará diariamente em seu site a cotação, por meio de banda cambial, para essas operações.

Hoje os bancos já deverão operar sob essas novas regras — ontem foi feriado bancário no país. Mas o BCV não forneceu estimativas sobre o montante a ser negociado no primeiro dia de funcionamento do sistema.

O “El Nacional” informou ainda que o recebimento e a remessa de valores em moeda estrangeira pelos bancos estarão limitados a US$ 2 mil mensais.

Há três semanas, o mercado paralelo, do qual dependem entre 30% e 40% das importações, estava paralisado.


c) Alemanha vai cortar mais de 80 bi de euros até 2014

A chanceler alemã, Angela Merkel, apresentou um orçamento rigoroso para 2011, primeira fase de um plano com o qual pretende cortar mais de 80 bilhões de euros até 2014 e que, caso seja aprovado, será o mais rígido desde a Segunda Guerra Mundial.

O governo da Hungria vai publicar seu plano de ação econômica hoje, conforme afirmou o ministro da Economia do país, Gyorgy Matolcsy. Os dois principais focos do programa húngaro serão atingir a meta oficial de déficit no orçamento de 2010 de 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB) e estimular o crescimento econômico.

Os principais índices das ações europeias caíram influenciados pelos problemas na Hungria.

O orçamento alemão para 2011, elaborado durante dois dias de negociações, prevê economizar 11,2 bilhões de euros (US$ 13,4 bilhões). Afetará praticamente todos os setores, salvo educação e pesquisa e, possivelmente, as aposentadorias, segundo o plano governamental.

Até 2014, o governo da Alemanha espera cortar um total de 86 bilhões de euros, no que será o maior plano de ajuste desde a Segunda Guerra Mundial.

– Os últimos meses demonstraram, no caso da Grécia e de outros países da zona do euro, que é importante ter finanças sólidas, pois constituem as condições básicas de estabilidade e prosperidade – disse Merkel à imprensa. A chanceler informou que o projeto será analisado até o fim do mês pelo conselho de ministros e, em julho, pelo Parlamento.

O primeiro ministro do Reino Unido, David Cameron, advertiu que o déficit público do país está em situação pior do que se pensava e, por isso, o problema afetará o estilo de vida da população britânica. Em discurso nos arredores de Londres, Cameron reiterou a difícil situação das finanças públicas, já que o déficit anual chega a 156 bilhões de libras (177,84 bilhões de euros).


d) China tem a inflação mais alta em 19 meses

A inflação voltou a subir em maio na China, com um índice de preço ao consumidor acumulado de 3,1% em 12 meses. É o maior percentual nos últimos 19 meses, além de ultrapassar pela primeira vez a meta de 3% para o ano.

A pressão inflacionária sugere que têm sido insuficientes medidas adotadas pelo governo para frear o superaquecimento da economia, principalmente uma maior regulação no mercado imobiliário para coibir a especulação no setor.

Foi o preço dos imóveis, ao lado do dos alimentos, que puxou a inflação de maio. Há vários números mostrando um superaquecimento do principal parceiro comercial do Brasil. As exportações, por exemplo, registraram forte expansão, com aumento de 48% em maio ante o mesmo período de 2009. O PIB registrou forte crescimento no primeiro trimestre -11,9%, resultado das medidas de incentivo do governo chinês para evitar que a crise financeira de 2008 afetasse o país.

Por outro lado, houve um importante sinal de desaceleração: a produção industrial acumulou em maio alta de 16,5% em 12 meses, ante 17,8% em abril.

O freio na indústria, no entanto, não impediu que aumentassem as especulações sobre possíveis novas medidas anti-inflacionárias, incluindo a alta do juros.

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