08 a 12 de março de 2010

Comércio Exterior

Resultados
Medida tenta estimular empresas a exportar mais
Brasil é único que recua em comércio exterior, diz ONU
Investimento cresce o triplo do consumo no 4º tri de 2009

Agronegócio

Exportações de café recuam 15%
Gargalos impedem maior expansão do agronegócio
Ajustes do USDA para os EUA fazem soja subir em Chicago

Mercosul

Revisão do Tratado de Itaipu ainda está no Congresso
Venda no Brasil tira da crise o setor automotivo argentino

Organização Mundial do Comércio (OMC)

Governo americano tenta acordo para impedir sanções
Regra europeia para frango pode levar a um novo embate na OMC

Plano Internacional

China diz que valorização da moeda será gradual
Reconstrução vai aproximar Chile do Brasil



Comércio Exterior

a) Resultados

A balança comercial brasileira registrou na primeira semana de março superávit de US$ 500 milhões, segundo dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O saldo da semana foi resultado de US$ 3,38 bilhões em exportações e US$ 2,88 bilhões de importações, o que resulta em uma corrente de comércio de US$ 6,26 bilhões. O saldo da primeira semana de março foi quase o dobro do registrado no mesmo período do ano passado, quando a balança comercial brasileira teve saldo positivo de US$ 284 milhões.

O bom saldo do mês é resultado de uma forte queda nas importações, tendo em vista a última semana de fevereiro, quando o país importou US$ 3,77 bilhões. De 1º de janeiro à primeira semana de março, as exportações somaram US$ 26,881 bilhões e as importações totalizaram US$ 26,154 bilhões. No ano, o superávit é de US$ 727 milhões .

b) Medida tenta estimular empresas a exportar mais

O governo quer reduzir o problema da acumulação de créditos tributários pelas empresas exportadoras e melhorar a competitividade do produto nacional. Para isso, o Ministério da Fazenda estuda ampliar o conceito de empresa preponderantemente exportadora, segundo informou uma fonte do governo.

A ideia é reduzir de 60% para 40% do faturamento a exigência de vendas ao exterior para que as companhias sejam enquadradas nessa categoria definida na chamada Lei do Bem (Lei 11.196, que estabeleceu incentivos fiscais a pessoas jurídicas). Uma empresa preponderantemente exportadora, entre outros benefícios, pode adquirir insumos sem a incidência de PIS/Cofins.

A empresa que não estiver enquadrada nesse grupo, mas vende produtos no mercado internacional, recolhe os tributos ao adquirir insumos. Quando exporta, tem direito ao ressarcimento do PIS/Cofins pago nessas compras, mas a Receita Federal pode devolver o dinheiro em um prazo de até cinco anos.

Outra medida em estudo para dar mais competitividade ao setor exportador é não retirar do Simples as empresas que ultrapassarem, com suas vendas ao exterior, o teto de faturamento anual de R$ 2,4 milhões.

Os técnicos estão discutindo até que nível de receita bruta obtida com as exportações as empresas continuariam sendo enquadradas como pequenas, gozando os benefícios do sistema simplificado e menos oneroso de impostos. Hoje, muitas empresas deixam de buscar o mercado externo para não perder os benefícios tributários do Simples.

O setor privado tem reclamado da acumulação de créditos tributários de PIS/Cofins pelas empresas que exportam parte de sua produção, o que ocorre por causa da demora da Receita em devolver o imposto pago a mais por elas. Na prática, isso significa que as companhias estão com dinheiro parado no Fisco, recurso que poderia ser utilizado para investimentos ou para diminuir a necessidade de tomar empréstimos no caro sistema financeiro brasileiro.

A liberação desse volume de crédito tributário é uma demanda antiga do setor privado que conta com o apoio do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Mas esbarra no impacto que a medida teria no fluxo de caixa do governo, reduzindo o superávit primário - economia para o pagamento de juros da dívida pública - feito pelo governo.

O Ministério da Fazenda quer cumprir a meta fiscal neste ano - de 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB) - sem o uso de artifícios para tentar conter o nível de atividade econômica e adiar ao máximo o início do processo de alta dos juros pelo Banco Central. Por isso, há muita resistência na Fazenda a adotar essa liberação mais acelerada de créditos tributários, embora uma alternativa de adoção parcial, limitada a alguns setores e a novos créditos, continue em estudo.

Com a ampliação do conceito de empresa preponderantemente exportadora, a geração de créditos tributários tenderia a diminuir, apesar de não solucionar definitivamente o problema. A limitação fiscal também é o motivo que tornou muito pouco provável a adoção do projeto que desonera a folha de pagamentos das empresas, tão desejado pela área técnica da Fazenda.

c) Brasil é único que recua em comércio exterior, diz ONU

O Brasil é a única grande economia cujo comércio exterior continuou despencando nos últimos meses, destaca relatório divulgado pela Organização Mundial do Comércio com a Unctad (braço da ONU para comércio e desenvolvimento).

O texto não se estende sobre as causas do movimento, mas o gráfico mostra as exportações e importações em dezembro pouco acima dos US$ 10 bilhões cada uma, contra mais de US$ 20 bilhões em exportações e mais de US$ 17 bilhões em importações em julho de 2008.

Segundo o levantamento, o comércio global voltou a crescer após cair estimados 12% em 2009, com um avanço de 4,8% em volume de novembro para dezembro.

d) Investimento cresce o triplo do consumo no 4º tri de 2009

O consumo das famílias mostrou pequena desaceleração no ritmo de crescimento no quarto trimestre de 2009, registrando alta de 1,9% sobre o terceiro, feito o ajuste sazonal, segundo dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dentro da pesquisa referente ao comportamento do Produto Interno Bruto (PIB).

A ligeira perda de fôlego da demanda foi acompanhada de um forte ritmo de alta do investimento - 6,6%. Mesmo assim, essa benéfica combinação de crescimento não deve ser suficiente para que o Banco Central (BC) adie o aumento dos juros - a maioria dos analistas espera que a alta ocorra este mês ou, no máximo, em abril. Um dos riscos de 2010 é o atraso da oferta em relação à demanda.

No acumulado de 2009, a economia brasileira encolheu 0,2%, puxada para baixo pela retração de 9,9% do investimento e de 5,5% da indústria. O consumo das famílias serviu como um amortecedor importante para a atividade no ano em que o mundo passou pela maior crise desde os anos 30. Para 2010, as apostas se concentram em uma alta entre 5,5% e 6%, tarefa facilitada pelo forte ritmo de crescimento do fim do ano passado. Pelos dados do IBGE, se a economia não crescer nada em relação ao nível do fim de 2009, o PIB terá alta de 2,7% - o chamado carry over.

No terceiro trimestre de 2009, o consumo das famílias chegou a apontar um ritmo explosivo - cresceu 2,4% em relação ao segundo trimestre, um número que indicava uma taxa de 10% ao ano, se fosse projetada para 12 meses. Com a alta mais modesta do quarto trimestre, a taxa anual recuou para 8,2%. A melhor notícia do PIB no quarto trimestre, porém, foi o crescimento de 6,6% do investimento, confirmando a aposta firme das empresas na expansão da capacidade produtiva. O PIB total do quarto trimestre teve alta de 2% em relação ao trimestre anterior.

O economista Júlio Callegari, do J.P. Morgan, diz que a economia brasileira mostrou uma expansão robusta no quarto trimestre, observando que o nível do PIB superou - em 0,66% - o patamar alcançado antes do agravamento da crise, no terceiro trimestre de 2008. Com isso, ficou para trás a fase em que a economia estava se recuperando do tombo sofrido depois da crise, afirma ele, para quem isso significa que não há grande ociosidade de recursos na economia. A alta forte das vendas no varejo em janeiro, de 2,7% em relação a dezembro, feito o ajuste sazonal, confirma que a demanda segue forte, segundo Callegari. Ele espera alta de juros já na próxima semana, mas mesmo assim projeta alta do PIB de 6,2% no ano, com expansão de 17,7% no investimento e de 7% no consumo das famílias.

O economista Juan Jensen, da Tendências Consultoria Integrada, também avalia que o consumo das famílias seguiu em alta bastante forte no quarto trimestre, apesar deste indicador ter crescido a um ritmo inferior ao do PIB total pela primeira vez desde o terceiro trimestre de 2007. Um ritmo de 1,9% por trimestre, ou quase 8% em termos anualizados, não é sustentável, afirma ele, que espera alta dos juros em abril, especialmente pela piora das expectativas de inflação.

Os investimentos, crescendo três vezes mais que o consumo das famílias, de acordo com os dados do IBGE, estão atrasados, segundo Fernando de Paula Rocha, sócio da JGP Gestão de Recursos. Para Rocha, os empresários somente voltaram a investir quando perceberam que a demanda estava forte e iria durar. As empresas viram que o consumo disparou e passaram a correr atrás, avalia. Em 2010, diz Rocha, o BC deve atentar para o descompasso entre oferta e demanda, que deve levar a inflação a estourar o centro da meta de 4,5% perseguida pelo BC. A JGP estima que a inflação deve fechar 2010 em 5,5%, mas, segundo Rocha, com chances maiores de bater em 6% que recuar a 5%.

O economista-chefe da LCA Consultores, Bráulio Borges, tem uma visão mais benigna da trajetória da economia, com uma moderação do ritmo de crescimento que permitirá ao BC elevar os juros apenas em junho. Ele acredita que a desaceleração do consumo das famílias continuará nos próximos meses, principalmente por conta da antecipação das compras de bens duráveis ocorrida nos trimestres anteriores, quando o consumidor aproveitou a redução das alíquotas do IPI de veículos e eletrodomésticos da linha branca.

Para Borges, a alta das importações deve aliviar pressões inflacionárias na indústria. Ainda há uma ociosidade residual que permite à economia crescer por mais um tempo acima do seu ritmo potencial aquele que não gera pressões inflacionárias. A maturação dos investimentos, para os quais ele projeta alta na casa de 20% neste ano, também ajuda nesse sentido, ao aumentar a capacidade produtiva da economia.

Para Ilan Goldfajn, economista-chefe do Itaú Unibanco, o hiato da economia se fechou entre o fim de 2009 e os primeiros meses deste ano, e mesmo o avanço dos investimentos verificados no período não é suficiente para dar conta da demanda. São duas consequências, diz Goldfajn, as importações aumentam fortemente, para suprir a oferta interna, e, por outro lado, o BC terá de operar mais cedo para conter pressões inflacionárias. O Itaú Unibanco, que previa 2% de elevação no PIB do quarto trimestre, projeta que haverá déficit de US$ 2 bilhões na balança comercial em 2010. Goldfajn, que foi diretor do BC entre 2000 e 2003, acredita, também, que o Banco Central começará a elevar os juros já na semana que vem.

Agronegócio

a) Exportações de café recuam 15%

Como era esperado, o ciclo de baixa da bienualidade do café começou a ter impactos sobre as exportações brasileiras, que atingiram em fevereiro o menor patamar desde agosto de 2008. No mês passado, os embarques nacionais ainda da safra 2009/10 somaram 2,22 milhões de sacas, 10,5% menos que em janeiro e 15,1% abaixo de fevereiro do ano passado, quando a cafeicultura estava no fim de seu último ciclo de alta, de acordo com o Conselho dos Exportadores de café do Brasil (Cecafé).

Em receita, as vendas externas do mês passado renderam ao país US$ 361,36 milhões, queda de 6,2% em comparação a janeiro, mas um aumento de 1,1% ante fevereiro de 2008. O resultado da equação volume menor e receita maior elevou o preço médio de exportação para US$ 162,17 por saca, o mais alto desde outubro de 2008.

Essa queda no volume já era esperada. A safra colhida a partir do meio do ano passado foi pequena e a disponibilidade de produto para exportaçãoestá cada vez menor. Acredito que essa tendência deve se manter até a entrada da próxima safra, a partir de junho deste ano, afirma Sérgio Carvalhaes, diretor do Escritório Carvalhaes.

Do total embarcado em fevereiro, o principal destaque foi o café torrado. O produto com maior valor agregado somou 7,4 mil sacas, volume quase quatro vezes maior que o exportado em fevereiro de 2009 e duas vezes superior ao de janeiro deste ano. As vendas externas de café torrado renderam no mês passado US$ 2,2 milhões, duas vezes mais que fevereiro e 4,2 vezes acima do mesmo período do ano passado.

No caso do café solúvel, foram exportadas 217,17 mil sacas no mês passado, queda de 2,5% ante fevereiro de 2009 e de 8,6% em comparação a janeiro. Em receita, os US$ 35,8 milhões obtidos representam queda de 3,8% ante o mesmo período do ano passado e de 6,7% sobre o primeiro mês do ano.

O maior volume e a maior receita ainda se concentram no café verde. Juntas, as exportações de café arábica e de conillon representaram 90% do volume embarcado no mês passado e 89,5% da receita obtida com as vendas. Foram 2,003 milhões de sacas exportadas em fevereiro - 1,98 milhão de sacas de café arábica e 21,99 mil de conillon -, uma retração de 10,9% sobre janeiro e de 16,5% ante o mesmo período do ano passado.

A receita com as exportações de café verde renderam ao país no mês passado US$ 323,29 milhões - US$ 320,92 milhões de arábica e US$ 2,37 milhões de conillon -, queda de 6,5% em comparação a janeiro, porém aumento de 1,1% ante fevereiro do ano passado.

Os importadores sabem que a safra de junho será grande e também reduzem a demanda. De qualquer forma, os preços subiram nos últimos 12 meses e a tendência no longo prazo é de alta, afirma Carvalhaes.

b) Gargalos impedem maior expansão do agronegócio

Um dos motivos do crescimento da safra é a expansão de 1,5% da área plantada, para 47,9 milhões de hectares. O Brasil é privilegiado pelo clima e pela disponibilidade de água e terra, embora o preço desta última venha subindo. Mas não há só ajuda divina. O principal impulso vem do aumento da produtividade, consequência do uso mais intenso de insumos, máquinas e técnicas modernas de plantio, como o adensamento - o que exige investimentos e aperfeiçoamentos tecnológicos.

Estudo recentemente divulgado pelo Ministério da agricultura mostra que a produtividade, medida pela produção em toneladas por hectare, cresce em várias frentes. A trajetória da soja no Brasil é um dos maiores exemplos da evolução agrícola do país. Na década de 70, quando começou a entrar em Mato Grosso, a produtividade média da cultura da soja era de 30 sacas por hectare. Atualmente supera as 50 sacas, acima da média registrada nos Estados Unidos.

Cálculos do Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais (Icone) mostram que o aumento médio da produtividade da soja brasileira foi de 1,22% entre as safras de 2002/03 e 2009/10, maior do que nos Estados Unidos (1,13%) e pouco inferior à da Argentina (1,33%). Para a próxima década, porém, a previsão é que a produtividade da soja brasileira vá crescer menos, 0,92% em média por ano.

No caso do milho, o levantamento do Icone informa que a produtividade aumentou 3,39% ao ano entre as safras 2002/03 e a projetada para 2009/10. O ritmo de crescimento é semelhante ao do aumento de 3,46% da produtividade média dessa cultura na Argentina e superior à evolução média anual de 1,84% dos Estados Unidos. Nos próximos dez anos, a previsão é que a produtividade do milho crescerá em média 1,92% ao ano. O custo do milho é superior ao da soja, que, por outro lado, oferece menor risco por ter maior liquidez e retorno por hectare. Por isso, na dúvida a respeito de qual cultura plantar, Argentina e Brasil optam pela soja, enquanto os americanos preferem o milho.

O maior salto de produtividade nos próximos dez anos será na cultura do arroz (4,77% ao ano). Depois vêm a batata inglesa (2,62%), algodão (2,61%), trigo (2,29%), feijão (2,05%), milho (1,92%) e laranja (1,48%). Dessa lista, laranja, arroz, feijão e batata deverão perder área plantada, mas terão a produtividade impulsionada por ganhos tecnológicos.

Neste decêndio, a produção de grãos vai crescer 36,7%, para 177,5 milhões de toneladas; e a de carnes, 37,8% para 8,4 milhões de toneladas.

A evolução agrícola permitiu ao Brasil tornar-se o terceiro maior exportador de produtos agrícolas do mundo, depois dos Estados Unidos e da União Europeia. O Brasil, que já havia superado a Austrália e a China, agora passou à frente também do Canadá. Segundo a Organização Mundial do Comércio (OMC), o Brasil exportou US$ 61,4 bilhões em produtos agropecuários em 2008 em comparação com US$ 54 bilhões do Canadá. Os Estados Unidos estão em primeiro lugar, com US$ 139,97 bilhões, e a União Europeia vem em segundo lugar, com US$ 127,63 bilhões.

O Brasil já é o primeiro da lista de maiores exportadores de álcool, café, suco de laranja, carne de frango e carne bovina. Está em segundo em soja, farelo de soja e milho; e em quarto em carne suína.

O cenário é muito positivo para o agronegócio brasileiro da porteira da fazenda para dentro. Velhos gargalos tolhem uma evolução ainda maior do agronegócio no Brasil especialmente na área de logística. Estradas ruins encarecem o frete e alongam as viagens; portos subdimensionados e congestionados atrasam os embarques e causam perdas de mercadoria. Há ainda o problema do câmbio e o protecionismo dos países ricos que defendem sua própria agricultura com poderosas barreiras comerciais, como mostra a atual briga do Brasil com os Estados Unidos por causa dos subsídios ao algodão.


c) Ajustes do USDA para os EUA fazem soja subir em Chicago

Ainda que não tenha surpreendido o mercado, o relatório do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) sobre oferta e demanda de grãos no país e no mundo nesta safra 2009/10 ajudou a direcionar as cotações de soja, milho e trigo na bolsa de Chicago.

No caso da soja, a influência veio dos leves ajustes para baixo nas estimativas para produção e estoques finais americanos, ainda que em ambas as frentes as revisões no quadro global tenham sido para cima. Os preços em Chicago, portanto, subiram. Os contratos para maio fecharam a US$ 9,58 por bushel, valorização de 10,50 centavos de dólar.

Renato Sayeg, da Tetras Corretora, de São Paulo, destacou que a previsão do USDA para a produção global é recorde, mas que a demanda mundial também aparece com a maior taxa de crescimento (6,2%) desde o início da década. Para o Brasil, o USDA elevou a produção em 1 milhão de toneladas, para 67 milhões, e as exportações em 300 mil toneladas.

No milho, houve pressão sobre as cotações, decorrente sobretudo do incremento de 4,6% da projeção para os estoques finais globais e dos EUA em relação ao relatório de fevereiro. Em Chicago, assim, os papéis para maio recuaram 3,50 centavos de dólar, para US$ 3,6550 por bushel.

No mercado de trigo não foi muito diferente. O USDA ajustou para cima as previsões de produção global e de estoques finais nos EUA e no mundo, e com isso os preços em Chicago recuaram. Os papéis também para maio encerraram a sessão a US$ 4,8150, em queda de 8 centavos de dólar.


Mercosul

a) Revisão do Tratado de Itaipu ainda está no Congresso

Na semana passada, o vice-ministro de Relações Exteriores do Paraguai, Jorge Lara Castro, veio ao Brasil com uma comitiva para visitar parlamentares e pressionar pela ratificação da mensagem enviada pelo governo, em novembro, ao Congresso, que revê as condições do tratado de Itaipu. para US$ Com o acordo, o Brasil aumentará o desembolso anual, para o país vizinho, de US$ 120 milhões 360 milhões.

A mensagem presidencial, que não pode ser alterada, mas apenas ratificada ou rejeitada pelo Congresso, está em discussão desde novembro na Comissão de Assuntos do Parlamento do Mercosul. Seu presidente, o deputado José Paulo Tóffano (PV-SP), espera que o relatório seja apresentado dentro de uma ou duas semanas.

A quantia é insignificante para o Brasil, para quem não interessa ter um vizinho em condições difíceis, avalia Tóffano. Para o Paraguai, que tem um governo de caráter social, esse é o nosso voto de credibilidade, de fortalecimento de um parceiro, afirma. Segundo ele, o acordo data de 1973 e, de lá para cá, houve grande desvalorização do dólar.

O Instituto Acende, centro de estudos mantido por empresas do setor elétrico, está concluindo estudo, a ser apresentado ao Congresso, que mostraria mais desvantagens do que vantagens ao Brasil, se o país ratificar a declaração conjunta feita pelos dois países de julho de 2009.

Segundo Cláudio Sales, presidente da entidade, 100% do financiamento de Itaipu já foi assumido pelo Brasil e haverá distorção no mercado de oferta de energia, porque os geradores brasileiros terão de competir no mercado livre com a geração excedente do Paraguai. Além disso, os contribuintes brasileiros serão duplamente onerados, diz. Itaipu não é um pedaço de papel, que aceita arroubos pseudoaltruístas de quem quer fazer justiça com dinheiro alheio.

Para Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), ceder em Itaipu resultará em elevação da tarifa de energia brasileira, que já é alta, diz, por causa de encargos e impostos. Sales, por sua vez, lembra que o aumento dos repasses do Brasil para o Paraguai, de US$ 240 milhões, significará, em dez anos, o custo da construção de uma usina como Estreito, no Tocantins, de 1.087 MW.

Se aprovada pela Comissão do Mercosul, a mensagem de Itaipu ainda será discutida em outras três comissões e no plenário da Câmara, antes de ir ao Senado. O Parlamento paraguaio já aprovou a revisão do tratado.

b) Venda no Brasil tira da crise o setor automotivo argentino

O apetite dos brasileiros por automóveis zero quilômetro salvou da crise as montadoras instaladas na Argentina e já fez a produção de veículos crescer 68% em janeiro, na comparação anual, mas provoca um efeito indesejável para os consumidores de Buenos Aires: quem vai às compras enfrenta demora de 30 a 60 dias, na média, para tirar um carro novo da concessionária. O problema atinge tanto os veículos produzidos no Brasil e exportados para a Argentina quanto o inverso (fabricados no país vizinho e vendidos no mercado brasileiro). Por trás da longa espera, que pode chegar a quatro meses no caso de modelos menos populares, está a gritante diferença de preço cobrado em cada lado da fronteira.

O valor de um Celta novo, três portas, modelo básico, com motor 1.0, ficava entre R$ 22 mil e R$ 23 mil em concessionárias brasileiras da General Motors consultadas na semana passada. O mesmo modelo era vendido na avenida Córdoba, uma das principais de Buenos Aires, por 40 mil pesos - exatos R$ 18.726 pelo câmbio de sexta-feira. Com uma diferença: o preço era para um automóvel com motor 1.4, geralmente a potência mínima na Argentina, direção hidráulica e ar-condicionado.

Para o ex-secretário de Indústria da Argentina e diretor da consultoria Abeceb.com, Dante Sica, as montadoras dão preferência ao atendimento do mercado brasileiro porque lucram mais. De cada 100 carros que saem hoje das linhas de produção argentinas, 54 são exportadas para o maior sócio do Mercosul.

Do lado contrário, afirma Sica, as indústrias instaladas no Brasil vendem seus carros preferencialmente no mercado interno e veem as exportações à Argentina como um negócio complementar, mas certamente menos lucrativo, por causa dos preços mais baixos.

O presidente da Associação das Concessionárias de Automóveis da República Argentina (Acara), Dante Alvarez, confirma essa prática. Segundo ele, desde que o governo baixou o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de automóveis no Brasil, como forma de beneficiar o consumo e atacar a crise de demanda, as montadoras passaram a reduzir o abastecimento às concessionárias argentinas. Normalmente teríamos carros no estoque para entrega imediata. Mas, sempre que o mercado brasileira se aquece, falta carro aqui, conta Alvarez.

A fila de espera varia muito conforme a marca e o modelo do automóvel, mas é incômoda a ponto de atrapalhar as vendas, segundo o presidente da associação. Em janeiro, poderíamos ter vendido até 50% a mais, afirma Alvarez, dono de uma rede de concessionárias que recebe os consumidores com uma oferta de 47.900 pesos - equivalente a R$ 22.424 - pelo Peugeot 207, motor 1.4, com ar-condicionado e direção hidráulica. O mesmo carro tem sido anunciado no Brasil, na versão mais básica, por R$ 28.100.

Maximiliano Cartelli, gerente da Car One, uma concessionária da Chevrolet em Buenos Aires, diz que tem demorado pelo menos 30 dias para entregar o novo Agile a seus clientes.

O modelo, lançado recentemente, é montado na Argentina. Mas o motor e boa parte das peças usadas na fabricação são fornecidas por indústrias instaladas no Brasil.

Cartelli afirma que a maior espera é para os modelos mais caros, cujo estoque nas concessionárias é ainda menor, e pode chegar a quatro meses em alguns casos. A demora é generalizada. Nesse contexto, ganha pontos com o cliente quem tem capacidade de fazer uma entrega rápida, diz.

Em tese, se a indústria automobilística no Mercosul ainda têm capacidade ociosa, poderia intensificar a produção para agilizar o abastecimento aos consumidores de um ou outro país, conforme as variações de demanda, sem deixar ninguém desatendido. O problema é que a ociosidade não é uniforme.

Algumas montadoras já trabalham à beira da saturação. Outras, que poderiam aumentar a oferta com a instalação de um terceiro turno de trabalho, continuam ainda muito cautelosas. As montadoras se ajustaram à conjuntura depois da crise e ficaram resistentes a contratar mais gente, avalia o presidente da associação das concessionárias.

Segundo cálculos da entidade, a carga tributária que incide sobre os automóveis zero quilômetro representa 47,52% do preço final pago pelo consumidor. Um fator que ajuda a explicar as diferenças de valor é a forma habitual de pagamento. Na Argentina, 70% das compras são feitas à vista - seja com o pagamento integral do carro novo, o que é a minoria dos casos, seja com a troca de um veículo usado por outro zero. Com isso, aumenta a margem de manobra das concessionárias para oferecer desconto nos preços.

Os financiamentos têm, atualmente, taxa de juros que variam entre 24% e 25% ao ano. Apenas 1% dos negócios totais são feitos por meio de leasing. No início do ano passado, auge da crise mundial, o governo argentino lançou um programa para financiar com dinheiro público a compra de carros zero a taxas subsidiadas e em 48 parcelas, mas foram vendidas menos de 15 mil unidades dessa forma.

Organização Mundial do Comércio (OMC)

a) Governo americano tenta acordo para impedir sanções

O governo dos Estados Unidos dá hoje o primeiro passo para tentar evitar sanções do Brasil contra importação de produtos americanos, como represália pelos subsídios ilegais concedidos aos produtores americanos de algodão. O governo brasileiro divulgou uma lista de 102 tipos de produtos que receberam aumento de alíquota de importação, capaz de aumentar em US$ 591 milhões seu custo no país. Uma missão de autoridades americanas deve começar, hoje, a discutir maneiras de evitar a aplicação dessas novas tarifas.

Estarão em Brasília o secretário de Comércio dos EUA, Gary Locke, o conselheiro-adjunto de Segurança Nacional para Assuntos Econômicos Internacionais da Casa Branca, Michael Froman, e o conselheiro sênior para Administração Comercial Internacional, Francisco Sanchez. Nenhum deles tem competência direta nas negociações sobre algodão e retaliações brasileiras, tema que cabe ao representante comercial da Casa Branca (USTR), Ron Kirk. Mas são próximos de Obama, especialmente Locke, e terão influência nas decisões do presidente sobre a negociação com o Brasil.

A lista tem 102 itens e afeta principalmente a importação de trigo (que teve triplicada a tarifa, de 10% para 30%), automóveis (35% para 50%), algodão e produtos têxteis (6% e 26% para 100%) e cosméticos, pasta de dente, lâminas de barbear e sabonetes (duplicada a tarifa, de 18% para 36%). Foram afetados também produtos de consumo, como sucos e batatas fritas (14% para 34%), ketchup (de 18% para 38%) e medicamentos, como derivados de paracetamol. A lista começa a valer em 30 dias e terá um ano de duração, após o qual poderá ser revista. Com base nas importações de 2008, as importações de maior volume afetadas pela retaliação brasileira foram as de trigo (US$ 318 milhões naquele ano).

Além dos automóveis, de importação próxima a US$ 100 milhões anuais, também foram afetados pela duplicação da tarifa os derivados de isocianato de tolueno, matéria-prima para espumas e adesivos, um dos raros insumos punidos na lista, responsável por importações originadas nos EUA de US$ 70 milhões em 2008.

O USTR divulgou nota, manifestando desapontamento com a decisão brasileira e afirmando preferir a negociação. Segundo o chefe do departamento econômico do Itamaraty, Carlos Márcio Cozendey, no entanto, os EUA não fizeram, até hoje, nenhuma proposta para negociar a disputa provocada pelos subsídios ilegais ao algodão, que levou a Organização Mundial do Comércio (OMC) a condenar a política americana de subsídios e autorizar o Brasil a retaliar.

Cozendey e a secretária-executiva da Câmara de Comércio Exterior (Camex), Lytha Spíndola, garantiram que a decisão de retaliar é uma maneira de levar os EUA à mesa de negociações, para obter um compromisso de extinção dos subsídios. No dia 23, a Camex deve decidir sobre a consulta pública a respeito da retaliação em direitos de propriedade intelectual.

Sob risco de redução de prazos de patentes, taxas sobre royalties de produtores de discos e vídeos e permissão para importação de remédios com patente americana, os EUA devem ser estimulados a negociar, acreditam as autoridades brasileiras.

b) Regra européia para frango pode levar a um novo embate na OMC

No primeiro bimestre do ano, os exportadores de carne de frango do Brasil conseguiram melhorar os preços de venda no mercado internacional, mas os volumes caíram. Segundo a Associação Brasileira dos Produtores e exportadores de frango (Abef), no primeiro bimestre, os embarques somaram 515 mil toneladas, 4,12% menos do que em igual período de 2009. Com a recuperação dos preços, que alcançaram US$ 1.716 por tonelada no bimestre (alta de 17,03%), a receita subiu 12,21% e atingiu US$ 885 milhões.

Um processo de recuperação dos preços começa a acontecer. A melhora ou estabilidade no câmbio favoreceu um pouco, disse o presidente da Abef, Francisco Turra. Os principais mercados para o frango brasileiro foram o Oriente Médio e a Ásia, com 38% e 27% das exportações, respectivamente.

É esses mercados que os exportadores pretendem focar, já que as dificuldades perduram na União Europeia e na Rússia. No bimestre, as vendas ao bloco europeu recuaram 25,09%, para 67,3 mil toneladas. Para a Rússia, a queda foi de 37%, para 9.900 toneladas.

Além da crise financeira na Europa, a mudança na legislação sobre fresh meat (carne de frango fresca) é outra razão para quedas nas vendas ao bloco. A regulamentação, que entra em vigor em 1º de maio, gera dúvidas entre os importadores, que já tentam romper contratos, afirmou Adriano Zerbini, gerente de relações com o mercado da Abef.

A legislação determina que toda carne de frango congelada importada terá de ser vendida congelada na UE. Na prática, isso pode limitar as exportações brasileiras. Como explicou Zerbini, o Brasil só exporta carne de frango congelada para as chamadas preparações de frango e produto de frango (carne cozida). Com a mudança, ainda não está claro se a carne que for processada terá de ser congelada novamente.

Como a UE só produz praticamente carne de frango fresca, a Abef considera a medida protecionista. Podemos entrar com pedido de painel na OMC (Organização Mundial do Comércio) para questionar a mudança na legislação, se couber, disse Zerbini. Segundo ele, um estudo juridíco para ver se princípios da OMC estão sendo feridos pela nova regra está em curso. Em 2009, o Brasil exportou US$ 1,2 bilhão em frango para a UE.


Plano Internacional

a) China diz que valorização da moeda será gradual

Um dia depois de admitir a possibilidade de flexibilizar a sua política cambial, a China indicou ontem que qualquer valorização que a venha ocorrer na sua moeda será gradual.

Segundo o ministro do Comércio, Chen Deming, a interrupção da apreciação do iuan, em meados de 2008, fez parte de um conjunto de medidas para favorecer o crescimento econômico durante a crise financeira mundial.

Desde então, Pequim mantém sua moeda praticamente atrelada ao dólar, num câmbio ao redor de 6,83 iuans - numa estratégia para ajudar os exportadores chineses. EUA e Europa vêm fazendo forte pressão pela valorização da moeda chinesa.

Abandonar o estímulo não significa que todas as medidas vão desaparecer. Elas continuarão a valer, mas haverá alguns ajustes finos, disse Chen à agência de notícias Reuters, durante uma sessão da reunião anual do Congresso do Povo, o Parlamento chinês.

O ministro disse que em momentos de crise a política cambial deve ser diferente daquela aplicada quando não há crise. Mas acrescentou: A direção da reforma no iuan será gradual e controlada.

Isso reduz a chance de uma valorização de uma única tacada, como preveem alguns economistas.

O sábado, o presidente do banco central da China, Zhou Xiaochuan, também declarou que é preciso que as autoridades chinesas hajam com cautela quando se trata de câmbio. Mas Zhou foi além e disse que o fim das medidas de estímulo vão, cedo ou tarde, acabar com a política especial para o iuan adotada como forma de reduzir o impacto da crise.

Esse foi o comentário mais claro que uma autoridade chinesa já fez publicamente sobre o fim do sistema de fato de atrelamento do iuan, escreveu o economista-chefe do HSBC na China, Qu Hongbin, em uma nota para clientes do banco.

Para ele, o crescimento econômico acelerado da China, a recuperação das exportações as pressões inflacionárias sustentam sua visão de que a China vai deixar talvez já próximo trimestre o sistema amarrar a moeda ao dólar. Mas o ritmo da valorização provavelmente será gradual. Esperamos uma taxa de câmbio de 6,50 iuans no fim do ano.

O ministro Chen Deming disse que as exportações chinesas se recuperarão totalmente quando a economia mundial tiver vencido por completo a crise.

b) Reconstrução vai aproximar Chile do Brasil

Sebastián Piñera, 60, tomou posse na Presidência do Chile de um modo que definitivamente não esperava: eleito com um discurso de contenção de gastos, vai ter de gastar muito com a reconstrução após o terremoto de 27 de fevereiro e deve terminar o primeiro ano com déficit fiscal; e o presidente que tinha em vista aprofundar as já boas relações comerciais com a Ásia e os EUA deve mesmo é se ver envolvido cada vez mais com empresas e interesses brasileiros.

Essa avaliação foi feita por uma série de analistas e empresários: empresas brasileiras estão bem posicionadas para participar da reconstrução do país, o que deve ter um efeito aproximador na relação entre os dois países, queira ou não Piñera.

AP Os presidentes do Paraguai, Fernando Lugo (à dir.), e da Bolívia, Evo Morales, olham para o teto após terremoto.

O Ministério de Obras Públicas do Chile avalia que a reconstrução da infraestrutura afetada pelo terremoto custará aos cofres públicos US$ 1,2 bilhão. São ao menos 100 km de estradas a serem recuperadas; 40 pontes (sendo que 20 terão de ser demolidas e reconstruídas totalmente); e obras de saneamento e distribuicao de água em todo o país. Esse cálculo não inclui a reparação de prédios públicos e grandes portos comerciais. Para a consultoria chilena Mafo, no total, as obras chegariam a US$ 12 bilhoes.

Várias empresas brasileiras já estão bem situadas no mercado no Chile. A construtora OAS participa do saneamento do rio Mapocho que corta a capital chilena; a Camargo Corrêa associou-se a uma empresa chilena para administrar e construir aeroportos; a Odebrecht Chile atua há tempos no país e tem procurado contratos no setor hidrelétrico. Como o governo brasileiro deve financiar, via BNDES, uma série de obras, essas empresas estão em posição privilegiada para participar da reconstrução, disse um diplomata brasileiro que pediu para não ser identificado.

Algumas empresas já esperam aumento imediato da atividade por causa da reconstrução.

A desgraça imensa gera um país que tem de se reconstruir, disse Hermann von Muhlenbrock, gerente-geral da siderúrgica Gerdau Aza, filial chilena da brasileira Gerdau. Para ele, a reconstrução vai adicionar de 1,5 a 2 pontos no crescimento do PIB do país. Apesar de achar prematuro afirmar quanto a produção de sua empresa aumentará, ele é categórico: Vai subir. Todos temos a sensação de que haverá uma atividade muito alta.

As instalações da Gerdau Aza foram pouco afetadas pelo tremor.

Na outra mão, empresas chilenas com grandes investimentos no Brasil já mostraram que querem fortalecer sua posição no país.

A CMPC anunciou que usará a produção de papel e celulose de sua planta em Guaíba, comprada da Aracruz, para dar conta dos compromissos já firmados. ParaWilliam Baeza, analista da Euroamerica, a operação no Brasil ajudará a CMPC a não ter resultados tão ruins no primeiro trimestre do ano, apesar dos extensos danos nas fábricas no Chile. A CMPC não retomará a produção no centro-sul do Chile antes de abril.

O Chile vai continuar voltado para o comércio com EUA e China. Afinal, para lá vão os seus principais produtos de exportação. Mas a presença brasileira tem uma grande oportunidade de se consolidar. E isso servirá para mudar as relações entre brasileiros e chilenos, disse o diplomata brasileiro.


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