Segundo cálculos dos técnicos do G20, para que haja um corte real de subsídios agrícolas, os EUA deveriam reduzir o total de seus gastos agrícolas em 75%, e a União Européia em 80%. Segundo negociadores do grupo, o corte não deve restringir-se apenas à caixa amarela, mas podem ser mais amplos.
A apresentação de propostas pelos EUA e UE pressiona para que o G-20 também “coloque números na mesa”, o que pode gerar atrito no grupo, já que não existe ainda um consenso.
De um lado estão Brasil e Argentina, defendendo corte de 75% nas alíquotas mais elevadas dos países ricos. Já a Índia, tem média tarifaria de 114%, e situação totalmente diferente. O país prefere fórmula com reduções entre 25% (para as mais baixas) e 40%. Nesta semana, o ministro Kamal Nath admitiu corte de até 50% nas tarifas mais altas, que na Índia são de 300%. Elas cairiam para 150%, permanecendo-se no teto defendido pelo grupo.
Brasil – EUA
Os EUA já concluíram um estudo acerca da atuação do Brasil no combate à pirataria, e está consultando empresários e governo americano a fim de decidir se mantém ou não o país no Sistema Geral de Preferências (SGP). O prazo para que o governo americano apresentasse o relatório terminou no último dia 30 de setembro.
Brasil – China
O setor têxtil já protocolou pedidos de salvaguarda para sete produtos: cinco tipos de tecidos de seda, veludos cotelê e fios texturizados de poliéster. A expetativa do setor é solicitar aplicação de salvaguardas para 75 linhas tarifárias.
Os setores de calçados, brinquedos e vidro já estudam pedidos de salvaguardas para importações chinesas.
Entrementes, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio confirmou que continua negociando com autoridades chinesas uma possível solução para a “enxurrada” de produtos no mercado brasileiro. O Embaixador da China no Brasil descartou a possibilidade de retaliação, por conta da regulamentação das salvaguardas contra o país.
Brasil - Argentina
Segundo estudo divulgado pela consultoria argentina abeceb.com, o qual comparou as relações comerciais entre a Argentina e o Brasil desde o final da década de 90, as restrições impostas pelo governo argentino aos produtos brasileiros considerados "conflituosos" (calçados, geladeiras, fogões, máquinas de lavar roupa, tecidos de algodão, entre outros), não surtiram o efeito desejado pelo empresariado argentino.
De acordo com a consultoria, tais restrições argentinas podem ter provocado apenas um "deslocamento" de origem das importações, ou seja, a partir de 2004, parte dos mesmos produtos antes adquiridos do Brasil, acabou sendo importada de outros países.
Comércio Exterior
O resultado da balança comercial para a primeira semana de outubro foi de US$ 1,075 bilhão, somando-se ao saldo de US$ 33,746 bilhões, positivos no acumulado do ano. Com este resultado a balança comercial brasileira já ultrapassa o superávit obtido no ano de 2004, no qual registrou US$ 33,69 bilhões.
a) MP do bem
A suspensão da Medida Provisória 252, a “MP do Bem”, na segunda semana de outubro, causará incertezas sobre as decisões de investimentos, bem como manterá as barreiras para aumento de competitividade brasileira no mercado internacional. Esta foi a avaliação de lideranças empresariais por todo o país. b) Camiox defende aumento nas importações
A Camex defendeu, nesta semana, o aumento do volume das importações brasileiras a fim de impulsionar o crescimento econômico do país. Segundo anúncio, o Brasil deveria consumir mais US$ 10 bilhões em 2005, perfazendo-se o nível de importações em US$ 86 bilhões, no ano.